terça-feira, 30 de agosto de 2011

Diário da Noiva - Tilibra

Desde que comecei a pensar nessa parada do casamento ainda me surpreendo com meus próprios pensamentos e atitudes. 
Em primeiro lugar eu nunca pensei de verdade em me casar.
Primeiro porque nenhum dos meus antigos namorados era candidato real para tal decisão e em segundo lugar porque eu nunca me imaginei casada. Formar uma família parecia ser algo muito absurdo. 
Meus argumentos sempre foram: o dia que você encontrar um casal feliz me avise, que aí eu caso.
Explico:
Conheço vááááááárias pessoas casadas, que estão juntas há muito tempo, têm família, etc e tal, mas definitivamente nenhuma delas parecia ser feliz de verdade; nenhuma dessas pessoas parecia realizada; nenhuma dessas pessoas parecia ter feito essa escolha de maneira consciente [e aí eu explico de novo: tem diferença entre casar porque se namora há muito tempo e casar porque realmente quer construir uma família bacana, centrada, baseada no amor. Ah, e tem diferença entre casar porque todo mundo casa ou porque parece o próximo passo a ser dado e casar porque você realmente tem consciência de que a vida não é feita de rosas, nem de contos de fadas e que você quer ficar com seu cônjuge até o último dia da sua vida].
Ademais, conheci tantos homens que traem as suas esposas, que têm atitudes tão incorretas e anti-éticas que simplismente desistir de encontrar alguém íntegro. Sem contar os inúmeros divórcios e separações que eu fiz enquanto advogada. Dava náusea só de pensar.
Por essas e outras tantas questões que eu nem saberia enumerar aqui... sempre achei casamento coisa de doido, maluco, de gente que estava apenas a fim de participar do "sistema", afinal de contas, os solteiros sentam na mesa das crianças [você já assistiu ao filme Antes só do que mal casado?]... Anyway... Sempre achei que o meu barco ia contra a maré e sempre ouvi meu pai dizer que "O homem nasce, cresce, fica burro e casa". Reconheço que esse ditado não é dos melhores, né?!
Depois de tudo isso, como pensar em casar? Parecia a coisa mais idiota do mundo. 
E quando eu já imaginava [e aceitava] minha solteirice, eis que me aparece Rafael, meu namorado, com todo o charme que só um anjo pode ter... e tudo mudou.
Eu tenho me aberto para as possibilidades da vida desde o ano passado, depois de perder uns 10 anos da vida pensando e fazendo bobagens. Resolvi encarar um monte de coisas e deixar a "mente limpa como a água"[David Allen]. Nessa busca constante e intensa em melhorar aconteceu de conhecer Rafael. 
Uma coisa é muito engraçada: sabe quando dizem assim "Quando você conhecer a pessoa certa você simplesmente vai saber" pois bem, sempre achei isso ridículo, tinha que ter alguma explicação. Não, não tem. Você vai ficar procurando problemas, teorias e outras coisas para negar esse fato, mas se você está com a pessoa certa simplesmente tudo é certo. 
Quando você está com a pessoa certa você consegue dormir a noite inteira, sem pensar se a pessoa te trai ou não; sua família e seus amigos se dão bem com a pessoa; você gosta da família da pessoa; você enxerga os defeitos e percebe que pode lidar com eles; você confia, não precisa de provas; você aceita, pois há reciprocidade; há diálogo e as coisas se acertam, concessões são feitas. Nada de imposições. As coisas são boas, dão certo... fluem... não se engane... é isso. 
E preparar o casamento é isso: ter tempo de perceber todas essas certezas, esses fatos que fazem a gente querer estar cada vez mais perto da pessoa "escolhida".
Isso tudo é só pra dizer que eu comprei o diário da noiva da Tilibra. Deve ser realmente muito interessante ler todas as dúvidas e problemas depois de muitos anos. 
O diário é muito bonitinho, tem desenhinhos, espaços para colocar as fotos, orçamentos e anotações... até fotos e anotações da lua de mel.

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